27/12/09

Rapariga

Eu sou aquela rapariga de se apaixonar. Eu sou aquela rapariga que escreve cartas, que constrói presentes, que faz surpresas. Eu sou aquela rapariga que repara nos pequenos pormenores e que os adora. Eu sou aquela rapariga que achas graça aos defeitos e aos pés mal feitos. Eu sou aquela rapariga que sai do seu próprio corpo e da sua própria vida para amar o outro. Eu sou aquela rapariga que espera horas sem sequer suspirar.

Tudo isso existe, ou existiu em mim. Não sei. Já não sei.

Essa rapariga já foi muito feliz e também muito triste. E nestes últimos tempos tudo isto esteve adormecido... Dormiu muito bem aconchegado num qualquer compartimento dentro dela.

Não querendo escrever estas palavras, dou por mim a escrevê-las. Com medo e com medo de utilizar a palavra medo. Com medo de que isto tenha acordado.

É altura de apertar o cinto e preparar-me para uma aterragem violenta. Isto é o que sinto.

O futuro (que não me interessa mas que me perturba) continua incerto, mas isto é o que sinto.

E quem seria eu se não partilhasse com vocês?...

1 comentário:

  1. Como eu te precebo! eu sou exatamente assim como tu... sem tirar nem por... e tambem sinto que esta tudo adormecido dentro de mim e tambem nao sei se quero que acorde.. o medo de voltar a sentir a tristeza é grande de mais....
    Hoje em dia parece que n é correcto ser assim, parece que n é correcto sentir, entregar, amar, viver algo juntos, criar algo juntos.... Parece que ninguem quer isso... tudo quer as ilusões temporarias e tudo acontece a velocidade da luz...

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