Aderi ao facebook acho que há dois anos. No início fui como uma carneirinha. Toda a gente tinha e eu pensei, porque não?
O facebook pode ser uma coisa engraçada. Muitas vezes funciona como a minha única ligação ao mundo e é através dele que me actualizo e me mantenho informada do que se passa lá fora.
Mas também pode ser muito cruel. É uma forma virtual de expressarmos a nossa personalidade, os nossos conhecimentos, o que nos acontece, a nossas alegrias e as nossas tristezas. E depois há todo o tipo de "personalidades facebookianas". Há aquelas que não partilham nada, não dizem nada e ficam à margem de todos os comentários. Há os que partilham apenas as coisas bonitas e que os fazem sentir bem, muitas vezes numa tentativa de acreditar na mensagem que estão a tentar transmitir. Há ainda os que lavam a roupa suja e informam-nos de tudo e mais alguma coisa. Expõem completamente a sua vida. Por fim, há os que são equilibrados. Não interferem na vida de ninguém, partilham coisas interessantes e sinceras.
Há dias li de relance um texto sobre isto e pelo que me lembro haviam muitas personalidades. Eu fico-me por estas.
E com isto tudo o que quero dizer é que tenho andado a pensar em deixar de ter facebook e apercebi-me de que sou viciada e/ou dependente dele.
Viciada porque tornou-se um hábito ir várias vezes por dia ver o que dizem ou não os outros, quais as novidades, as músicas, vídeos e fotografias que os outros postam.
Dependente porque assim como o telemóvel, parece quase uma ferramenta indispensável para nos ligarmos uns aos outros.
E isso está a perturbar-me porque, na verdade, neste momento não preciso de nada disso.
Na verdade, há muitas coisas que preferia não saber e não ver.
E infelizmente não sou uma dessas pessoas equilibradas que consegue separar as coisas. Utilizo o facebook para me manter em contacto mesmo quando não devia.
Agora não sei se o consigo fazer. Como disse, é um vício, logo não é fácil. Mas fica aqui o desabafo...
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