Eu sei que sou uma pessoa estranha. Eu sei que não é fácil perceber-me. Na verdade sei que muitas vezes é impossível.
Gosto de aventura, gosto de ir improvisando e de ser surpreendida pela vida. Mas tenho as minhas condições.
Lamento, mas tenho.
Sempre soube que era muito apegada a ti, Lisboa. Sempre soube que tu controlas de certa forma a minha vida. Dei-te esse poder.
Tu criaste essa condição. De não conseguir viver longe de ti. És o amor da minha vida. E espero que me perdoes ter tomado a decisão de passar uns tempos longe de ti.
Oiço frequentemente as pessoas dizerem que só se arrependem do que não fazem. E admiro-as por isso. Revela que têm coragem. Eu não tenho essa coragem. E estou arrependida. Arrependida de agora todos estarem a contar comigo, que haja de uma certa forma, que faça certas coisas.
E estou arrependida de não ter sido mais responsável. De não ter condições para simplesmente voltar para ti. Se houve até hoje um momento em que odiei a palavra dinheiro, este é definitivamente o mais forte.
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