27/06/14

Uma das primeiras coisas que me disseste foi que eras o tipo de pessoa que não gostava de ficar com coisas por dizer. E há dias perguntaste-me qual tinha sido o "click" que eu tinha tido para continuar a falar contigo. Aqui tens a resposta. E aqui também vais ter tudo o resto que não consegui dizer-te e que agora simplesmente não posso.

Estreias. Falámos muito em estreias. Que em muitas coisas eu fui uma estreia para ti. Pois também o foste para mim. Foste a primeira pessoa que eu tentei com todas as minhas forças não romantizar. Não tornar emocional. Acredita que para mim foi e continua a ser uma luta constante.
Ser racional, saber o que é o melhor para as duas e tudo o mais, são coisas que tenho de ir buscar a um sítio dentro de mim que antes não existia. Reconheço em mim uma força que nunca existiu, ou que sempre esteve lá mas adormecida.

Pode não soar muito bonito, mas digo-te isto como preparação para o que vou dizer a seguir. O reverso da medalha.

Não consigo deixar de pensar como seria se me tivesse encontrado contigo logo na primeira vez, por exemplo. Não consigo deixar de pensar como seria se tivesses vindo para cá. Não consigo deixar de pensar como seria se não te tivessem conquistado de volta.

Quando te disse que te achava "mesmo muito bonita", foi desde o primeiro momento. Lembro-me de te ter agarrado na cintura na primeira vez que nos vimos e pensar que te beijava logo ali. Não sei o que me deu, sinceramente. Mas foi o que senti.

O pior das coisas que não se viveram é isto. É pensar no que poderia ter sido, como teria sido. Tento não agarrar-me a isso.

Talvez escrever-te seja uma forma estúpida de alcançar-te. Não sei. Mas numa coisa somos iguais. Não sou o tipo de pessoa que fica com coisas por dizer.

E digo-te. O tanto que ficou por conhecer, aprender, saborear, viver, deixa-me triste. Inevitavelmente.

Acredito que estás a tomar a melhor decisão para ti e tenho todo o respeito do mundo. Mas pelo pouco (ou muito) que passámos, não quero deixar de escrever, de dizer, que tenho saudades tuas.

Arranjei um esquema mental em que te coloquei numa "caixinha". Nela pus todas as mensagens, telefonemas e poucos mas muito bons encontros que tivemos. E é disso que vou sempre lembrar-me. Também queria que soubesses isso.

Talvez um dia nos voltemos a encontrar, noutras circunstâncias, ou não. Mas passaste pela minha vida e foste importante.

É o que tenho a dizer.

A (tua) miúda.




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