30/05/13

P., continuas a ser uma das pessoas que melhor me conhece. E continuas a ser a pessoa que melhor conhece aquela parte de mim.
Já foram às dezenas as conversas que tivemos sobre a mudança de rumo. Todas elas giravam em torno do mesmo. Nunca houve nem sei se vai haver uma conclusão lógica.

Mas posso dizer-te que parte da razão era por não gostar de sentir-me frágil. E também por ainda assustar-me saber que há coisas que não vemos. Sabes? Eu sei que elas estão lá, que "existem" por assim dizer. Também sei que não vão desaparecer só porque não me sinto confortável.

Desculpa (à falta de palavra melhor) se te deixo preocupada. Se vês coisas que eu não vejo e não podes interferir. Queria que soubesses que agradeço.

Houve uma altura em que estava sempre zangada contigo. Por razões diferentes. Mesmo quando gostava de ti, parte de mim estava zangada. Tu sabes.
Mas tenta compreender (porque sim eu preciso que tu compreendas) que é como alguém ter acesso indiscriminado à tua essência, sem tu sequer teres dado permissão. Simplesmente aconteceu.

Uma vez perguntaste-me algo como "o quê que te move?" ou "o quê que te faz feliz?". E eu respondi "a minha liberdade". Essa é a resposta mais sincera que posso dar e aplica-se a tudo. E não significa não assumir responsabilidades ou tomar decisões. É mais profundo do que isso.

E também sei que sabes que sou assim sem eu precisar de dizer. E não consigo dizer-te o quanto isso faz de mim uma pessoa de sorte. Mas fica aqui a tentativa. Num post para ti.

Até já.


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